Instrumentos de Desenho

lapiseiras Os instrumentos de desenho que eu utilizo
Muitas vezes me perguntam quais instrumentos eu utilizo para fazer meus desenhos. Eu uso lápis tradicionais revestidos com madeira ou lapiseiras? Que tipo de borracha eu uso? Parece que muitos Artistas têm fascinação (e flagrante interesse) pelos instrumentos e técnicas utilizadas por outros artistas... e eu não sou diferente a esse respeito! Então, quais instrumentos eu utilizo...


Pincéis
pincis
Nunca retire resíduos de borracha ou pó de seu desenho usando a mão. Mantenha um ou dois pincéis sob fácil alcance para essa finalidade de modo que seu desenho não absorva o óleo de sua pele. E não assopre o pó, pois correrá o risco de a umidade da saliva tingir a superfície. Eu possuo um pincel grande de uma polegada (2,54 cm) para a limpeza geral da superfície do desenho e um pincel de cabo avermelhado atrás da minha orelha – ele está prontamente disponível para remover resíduo de borracha sempre que eu precisar.
Lápis...
Pouco antes do dia em que comecei a desenhar a sério, há mais de 20 anos, tenho evitado o uso dos lápis convencionais revestidos de cedro. Eles têm sua serventia e muitos artistas não usam nada além deles, mas eu uso apenas um (6B) – e raramente. Por quê? Bem, não há nada pior que usar uma ferramenta que muda constantemente de tamanho e peso, e não vejo qualquer vantagem em desenhar com um instrumento que tem que ser constantemente reaprendido. Por outro lado, as lapiseiras que eu utilizo não possuem nenhuma dessas falhas e sim muitas vantagens.
lapiseiras
Essas lapiseiras (conhecidas por mim como “lápis de garra” e também como “lápis de desenho técnico” ou “suporte de minas”) mantêm sempre um controle constante. Nem o comprimento nem o peso se alteram. O equilíbrio permanece o real, oferecendo um controle bem preciso. O ato de apontar envolve apenas enfiar a mina e não revestimento externo, permitindo que uma indispensável ponta afiada seja facilmente obtida quando requisitada. A única coisa que você não pode fazer com uma lapiseira e pode fazer com um lápis convencional é colocá-lo atrás da orelha. A maioria das marcas de lapiseira ainda inclui um apontador embutido que, embora raramente utilizado, pode ser um salva-vidas durante um desenho de viagem. Ao apertar a tampa superior, abrem-se as garras em torno da base da mina, permitindo que esta seja estendida ou tenha seu comprimento ajustado de acordo com o que pede a aplicação em curso.
A lapiseira verde no topo é da Faber Castell, mas a mina é fabricada pela Staedtler. Nas restantes, de cima para baixo, as graduações dessas três são F, HB e 2B. Como eu sei? Porque cada caixa de minas inclui uma tampa colorida para distinguir a graduação. Você verá que F possui uma tampa verde, o HB possui uma tampa cromada e a tampa roxa serve ao 2B. Se você estiver comprando pela primeira vez, sugiro que compre apenas três – 2B, HB e 2H – elas alcançam quase todos os efeitos de que você poderá necessitar.
Lápis Progresso®
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Os lápis Progresso® são bastões sólidos de grafite, além de instrumentos bastante versáteis. Entretanto, apesar de possuir um 2B e um 6B, eu raramente os utilizo, exceto para esboços de viagem e para “lavar” levemente uma área sulcada (ver ferramenta de incisão).
Lápis convencionais
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Normalmente revestidos por cedro, esses lápis possuem uma suavidade que pode auxiliar nas técnicas sutis de sombreamento, mas padecem de inúmeras desvantagens. Eles encurtam quando em uso, resultando em uma infindável alteração de equilíbrio e peso; uma variedade de pontas pode ser obtida, mas pontas muito finas tendem a exigir o uso de uma lixa ou outra superfície áspera para obtê-las – as lapiseiras possuem uma indispensável ponta por padrão. Se cair ou arquear-se, a grafite tende a romper-se internamente- as lapiseiras sustentam a mina na parte interna, virtualmente sem quebras, quando em uso normal.
Minas de grafite
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As minas Staedtler de 2 mm estão disponíveis em tubos com duas ou caixas com 12. A caixa com 12 (ilustrada acima) vem com uma cor na tampa que depende da graduação. As minas são completamente amparadas pela lapiseira por meio de um tubo metálico.
Um grande leque de graduações é disponibilizado com as mais usadas, das mais macias às mais duras, são 6B, 4B, 2B, HB, F, H, 2H, 4H e 6H. A mais macia que eu utilizo é a 6B, embora eu a utilize com pouca freqüência - sendo ásperos e granulados, os grãos de grafite tendem a serem visíveis, o que pode desviar do realismo que eu procuro obter. No uso habitual, minha graduação mais macia é a 2B e a mais dura é 4H. A maioria de meus desenhos é obtida com apenas três graduações, 2B, F e 2H.
Agulha para Indenting
agulha bigode
Usada para sulcar uma linha no papel antes do início do desenho. Ela produz uma linha branca e limpa com lados paralelos e (com prática) uma cavidade perfeitamente afunilada. Seu uso inclui bigodes de gatos, como os mostrados acima. A ferramenta é feita em casa e consiste de uma agulha de costura (arredondada e não pontiaguda) com a parte do buraco retirada e inserida numa lapiseira velha. Assim que as linhas são sulcadas, eu uso o lápis Progresso® 2B para sombrear levemente a área de modo a revelar suas posições durante o trabalho posterior.
Esfuminhos e tortilhões...
esfuminhos
Usados para misturar grafite. Os esfuminhos são geralmente com pontas dupla e maiores e mais encorpados que os tortilhões, estes mais finos e com uma única ponta. Ambos possuem seus usos específicos embora eu tenda a usar somente tortilhões – para o trabalho grosseiro, eu enrolo toalha de papel em meu dedo em vez de usar um tortilhão. Nunca use o dedo sem proteção para misturar grafite. O óleo natural da sua pele faz que a grafite grude no papel em fragmentos irregulares. Isso uma vez me fez gastar dois dias aplicando grafite e esfumando em torno dessas áreas até que se tornassem imperceptíveis...
colourshaper
O Colour Shaper é usado, em geral, da mesma maneira que um tortilhão, sendo particularmente útil para esfumar em cantos apertados. Diferentemente do tortilhão, ele não absorve grafite, o que restringe sua utilização para áreas pequenas – ele não é um instrumento para esfumar em áreas grandes. O único que eu uso é um Forsline & Starr nº 2 de ponta cônica macia. Um maior de ponta de buril achatada também está disponível, e ambos modelos podem ser adquiridos nas versões macia e dura.
Apontadores...
afiaminas apontador
Se você estiver desenhando com lapiseiras, o apontador Staedtler (o primeiro acima) é um item imprescindível. Concebido para afiar minas, ele é capaz de produzir providenciais pontas afiadas, caso requisitado. Na parte de cima está um limpador de minas (a ponta do lápis recém-afiado é inserida num local fibroso para limpar o pó de grafite espalhado nela) e, ao lado dele, há dois pequenos orifícios – introduza a mina em ambos para obter um determinado comprimento – um resulta em uma ponta afiada e outro uma ponta achatada convencional. Você pode guardar também os resíduos de grafite e usá-los com um pincel para uma tonificação suave – embora eu pessoalmente não uso esse método, pois prefiro o controle maior propiciado pela estratificação gradual de linhas de grafite para esfumar. O apontador convencional mostrado acima é utilizado não só para apontar lápis convencionais, mas também para obter pontas funcionais em borrachas em bastões (ver abaixo).
Borrachas...
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Há uma grande variedade de borrachas convencionais, mas eu uso somente aquelas mostradas aqui. O principal requisito é uma borracha macia que possa remover suavemente a grafite, e não esfregá-la sempre contra a superfície do papel. É por essa razão que eu não mais uso borrachas para tinta ou borrachas para máquinas de escrever. Fora as borrachas em bloco (a segunda acima, e a qual eu somente uso para limpar a margem do desenho), eu uso na maioria das vezes as borrachas em bastão da Staedtler. Das duas versões mostradas acima, eu uso a de cima – embora esse modelo 528-55 não esteja mais disponível, as recargas para o modelo de baixo 528-50 servem para o “holder” antigo (mais confortável e preciso). Com o núcleo da borracha pode-se obter uma ponta muito fina, usando-se um apontador de lápis convencional.
Blu-Tack como uma borracha...
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O Blu-Tack da Bostik propiciou o progresso de meu desenho como nenhum outro produto já o fez. Sua maior força reside em sua habilidade sem paralelos em remover o grafite já aplicado e em “desenhar” luz ou formas brancas com ele. O mero toque retira imediatamente a grafite do papel e, com prática, quaisquer áreas podem ser gradualmente desbotadas. Na grafite pré-aplicada, ele deixa uma impressão limpa e bem definida pela fácil pré-moldagem de formas, de tal maneira que ele é excepcional para simular folhagem em fundos, cabelos em áreas de sombras intensas, ou qualquer aplicação em que seja preferível uma sugestão a um objeto bem focalizado. Para fazer acréscimos na fase final ele é insuperável – determinada série de toques de Blu-Tack pode fazer que a grafite 6B praticamente retorne ao branco antes de fazer retoques com uma borracha macia artística convencional. Leia meu tutorial “Erasing with wall putty” para mais informações.
Fonte: sibleyfineart

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